26 de agosto de 2008

Lançamento do livro

Foi ontem o lançamento de Intermitência na Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis. O evento em comemoração ao aniversário da referida entidade cultural começou às 19 horas com uma apresentação do grupo de dança Projeto Pólo Cultural, dirigido por Alda de Assis. Em seguida a leitura de poemas de Benedito Angrense Brasil dos Reis Vargas, pelo Ateneu Angrense de Letras e Artes. Logo depois, regido por Moacyr Saraiva, o Coral da Cidade se apresentou.
Meu momento se deu às 20 horas, durante o coquetel. Muitas pessoas compareceram ao evento, surpreendendo minha descrença. Sentado a uma mesa no canto extremo do salão, expus meu trabalho aos visitantes que puderam levar uma pequena amostra do meu material literário, além de comprarem os meus livros.
Parece-me que, pelo menos por hora, o maçante e cansativo trabalho de divulgação chegou ao fim. Dois meses me expondo à mídia, comparecendo a eventos, organizando coquetéis, leituras, dando a cara a tapa para quem quiser em diversos tipos de mídia e contatos físicos. Agora terei uma pausa finalmente, para me dedicar ao novo romance e as outras atividades interrompidas pela falta de paciência constante.

15 de agosto de 2008

Um poeminha para quebrar o gelo

CAMINHAR AO VENTO

O vento frio bate em meu rosto
Como um soco, a lufada me afunda
Os olhos cansados de ver os sofrimentos
De um mundo indiferente aos desesperos
Do homem que caminha no vento frio
De um dia chuvoso de inverno.

Passos calados, no silêncio triste da noite
Ondas nervosas beijam com violenta fúria
A areia escura de conchas atreladas.
O vento uiva, as ondas gritam,
Enquanto as palmeiras se agitam
Num bailar sôfrego de lástimas.

O vento é longo, a caminhada solitária.
Uma praia vazia a um coração vazio.
O vento corta a face, esfria, gela,
Mata-me de um desgosto imposto
Por forças oníricas, ilusórias, enfadonhas.
Maldito vento frio arrepiando-me
A alma descontente e seca de esperanças.

E eu ando pela areia escura deixando marcas
Solitárias dos meus passos aturdidos
Num mundo de mágoas reveladas
E desejos perdidos.

14 de agosto de 2008

Tristeza

Ouço neste momento, enquanto escrevo, a trilha sonora de O Carteiro e o Poeta. Meus olhos já se encheram de lágrimas várias vezes numa imensurável e profunda tristeza, uma tristeza sem nome que me consome como um animal voraz. Eu choro as minhas lágrimas, porque elas são minhas, assim como a dor que sinto rebentar-me o peito é minha. Não divido minhas mágoas, eu sinto-as por inteiro; sinto-as deflorar meu corpo e romper em pranto os meus tormentos.
Sofro, porque é isso que faço de melhor. A vida é negra, apesar do sol a pino sobre minha cabeça angustiada. É isso, mais nada.

13 de agosto de 2008

Estreando blog novo

Bons amigos, aqui estou com um novo diário eletrônico. Na verdade, estou transferindo as publicações do Alberto e sua cruz e do Vida de Escritor para este espaço, centralizando-as para melhor dar cabo do trabalho. Vejamos se assim volto a manter atualizado meu espaço, pois de um tempo para cá, ando meio indiferente às publicações virtuais.
A saber, com o término de Intermitência, por sentir um grande vazio em mim, lancei-me à empreitada de um novo romance, Memórias em Ruína. Absorvido pela tecitura da narrativa, não tenho me dedicado a outras atividades, nem mesmo um poema tem saído a custo ultimamente. Embora não escreva nada além do já citado texto, mergulhei em leituras como não fazia há muito. Em outra hora comento-as com os amigos.
Está aberto este nosso espaço. Sejam todos muito bem-vindos a esta nau sem destino.
Um gigantesco abraço.